sexta-feira, dezembro 30, 2005

Porque amam os homens as mulheres? (nem todos de facto)

Há por certo nas coxas arredondadas, ancas largas e seios fartos, um sinal de mulher, um estimulo irresistível para o homem, programado, sabe-se lá, desde o tempo em que as mulheres eram símios peludos, de seios mirrados e viviam nas árvores.
Konrad Lorentz reconheceu a existência do mecanismo de libertação, um circuito neuronal que filtra sinais (estímulos) específicos do conjunto das sensações e dá inicio ao comportamento resposta. O estímulo, e não a coisa em si, é o que conta!
Com base nesta cruel verdade Lorentz aliciou apegadas mães patas a abandonarem os seus ovinhos por ovos falsos...de tamanho maior. Como resistir ao superestímulo?
Que os homens são animais, não há dúvida alguma, mas qual o conjunto de estímulos que produz para o homem a resposta “amar mulher”?
Os japoneses parecem ter apostado nas coxas fartas e seios avultados...em latex.

Poderá o facto de serem apenas bonecas constituir um irrefutável sinal de mulher?
"Human beings are a disease, a cancer of this planet, and we are the cure." Agent Smith- The Matrix
Talvez os próprios humanos resolvam o assunto Mr. Smith.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

“Não é possível mostrar a alguém algo que este não tenha, sob qualquer forma, visto anteriormente – tal como não é possível dizer a alguém algo que este não saiba anteriormente. É a função do artista evocar a experiência do reconhecimento surpreendido: mostrar ao observador aquilo que ele conhece mas que não sabe que conhece.” – William S. Burroughs

O reconhecimento surpreendido é a única função da máquina avariada de Burroughs: produzir cut-ups a metro, cortar trechos de jornais, livros, receitas, rótulos, onde quer que a virulenta linguagem escrita se esconda, misturando, indroduzindo entropia e aleatoriedade no processo criativo para com isso, criar nova(s) leitura(s), muitas vezes ilegíveis; texto para extraterrestres loucos. Sem autor, com um autor máquina, e portanto sem direitos legais no presente enquadramento jurídico, também não há aqui direitos de autor. Se tudo é já conhecido, o plágio é a norma, o ponto de partida e de chegada, e não a excessão.